sexta-feira, 4 de junho de 2010

O "nosso" dia! ;)

Nos dias antecedentes à semana de Área de Projecto, elaborámos cartazes e panfletos para a divulgação das nossas actividades, assim como procedíamos à distribuição de fichas de inscrição relativas a estas, pelos livros de ponto das variadas turmas existentes na nossa escola.
No dia 11 de Maio do presente ano lectivo, realizámos as actividades planificadas para a apresentação do projecto com o tema “As Deficiências”, de forma a sensibilizar a comunidade escolar para esta realidade tão ocultada pela sociedade, ao longo dos tempos. As actividades foram realizadas de acordo com os seguintes horários:

8.30h – preparação da actividade “Outro olhar sobre o nosso mundo!”


Percurso




Banca com diferentes sons, cheiros e texturas expostos


9.00h – começo da actividade supracitada, com grande afluência por parte da comunidade estudantil, prolongando-se até as 10.30h e tendo continuação no horário da tarde, das 13.30h às 15.00h.

Principais objectivos para as equipas participantes:
 Percorrer o percurso proposto pelas dinamizadoras do projecto, no menor tempo possível, respeitando os sinais de trânsito colocados com o uso, apenas, de uma cadeira de rodas e muletas.
















 Identificar diferentes sons, cheiros, texturas e gostos, de olhos vendados.



















Anotação das pontuações obtidas pelas equipas numa tabela própria, por parte das dinamizadoras do projecto.




11.15h - Apresentação do trabalho realizado, em power point, subordinado ao tema “As Deficiências”, na Biblioteca Escolar, com uma duração de 45 minutos.

15.15h – Dinamização de um espectáculo musical por parte da tuna da APECI, na sala de convívio da escola.


16.00h – Palestra com a Coordenadora Pedagógica da APECI, Dra. Margarida Velasco, sobre a APECI. No final da palestra, foi nos facultado um panfleto sobre a instituição referida.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O portador de deficiência e a sociedade

Desde os tempos antigos que o ser humano reage mal a tudo o que seja diferente daquilo que é o considerado usual, o que contribuiu para que os diferentes sempre fossem tratados de forma relativamente agressiva e confusa e por sua vez rotulados como "aberrações da natureza" chegando mesmo a ser segregados, discriminados, excluídos e em alguns casos exterminados.



Não é exagero afirmar que o deficiente foi e ainda continua sendo uma camada excluída perante a sociedade!



Os próprios deficientes sentem-se excluídos, pois basta começar pelas barreiras para sua locomoção e a falta de lugares adaptados para sua diversão, estudo, trabalho, a própria locomoção, entre outros, para vermos a enorme falta de estímulo com que se deparam. Atualmente, pouco a pouco, está ocorrendo uma transformação, apontando um sentido de reconhecimento social do portador de deficiência.



Tal facto, em parte, devido às modalidades físicas oferecerem muito a pessoas portadoras de diversos tipos de deficiências, nas mais variadas formas de atividades. Seguramente, o desporto, é capaz de promover maior integração social ao deficiente, estimulando seu interesse por carreiras que desenvolvam a sua condição física e pela própria carreira profissional em si.



Para tal, temos os jogos paraolimpicos, um evento desportivo de múltiplos desportos, equivalente aos Jogos Olímpicos, com provas restritas a atletas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais. Os Jogos Paraolímpicos ocorrem a cada quatro anos, após os Jogos Olímpicos, e são geridos pelo Comité Paraolímpico Internacional.






Dependendo das deficiências que o atleta apresente, temos diferentes categorias, tais como os segintes exemplos:




Futebol de 5

O Futebol de 5 é praticado por atletas cegos, no qual os jogadores usam uma venda nos olhos para evitar que aqueles que apresentem percepção luminosa tenham vantagem. A bola possui guizos e os jogadores orientam-se pelo som que estes produzem. As partidas, com cinco jogadores em cada equipa, têm dois tempos de 25 minutos e são disputadas em campos de futebol de salão ou relva sintética.



Basquete em cadeira de rodas

Destinada a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas. A modalidade segue as mesmas regras da Federação Internacional de Basquete Amador, com adaptações para os atletas participantes: a cada dois movimentos para impulsionar a cadeira, o jogador tem de driblar a bola pelo menos uma vez e a falta técnica é utilizar os membros inferiores para obter algum tipo de vantagem, como colocar o pé no chão ou levantar um pouco do assento.



Atletismo

Participam nas provas atletas com todos os tipos de deficiência, nos géneros masculino e feminino. Estes são classificados de acordo com o tipo de deficiência apresentada, de forma a haver equilíbrio na competição. As provas são divididas em: Corridas, saltos, lançamentos e pentatlo.


Se quiserem saber mais sobre as diferentes modalidades consultem o site dos Jogos Paraolimpicos que temos na barra lateral.




Várias pessoas com deficiências conseguiram vencer na vida! Vejam as seguintes:






Grupo de Dança – vários foram formados e desde que haja força de vontade muitos se continuarão a formar.






Rivaldo Martins - O triatleta paraolímpico brasileiro, que perdeu a perna esquerda na altura do joelho em um acidente de trânsito em 1986 (uso de prótese), venceu a 19ª edição do Ironman da Nova Zelândia na categoria challenger (voltada para deficientes físicos).
O brasileiro completou os 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida em 10h33min55s. O resultado teve sabor especial para o triatleta de 43 anos por dois motivos: foi a primeira vez que ele correu na Nova Zelândia e a competição marcou o seu retorno às provas longas após ficar dez meses afastado por conta de um atropelamento sofrido em maio do ano passado em Brasília, durante um treino de ciclismo.



Carlos Santos – encontra-se entre os 30 tenistas melhores do mundo, número um do Brasil na modalidade de ténis em cadeira de rodas, já obteve 6 títulos em torneios internacionais em 2009 e dono da medalha de ouro nas Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2007.



Ádria Santos - A atleta perdeu a visão ao l
ongo dos anos em decorrência da retinose pigmentar e do astigmatismo congénito. No entanto, com 14 anos, estreou nas Paraolimpíadas e conquistou duas medalhas de prata nos 100m e nos 400m, em Seul. Durante a sua carreira profissional, ganhou diversas medalhas, tanto de ouro, prata como bronze, nas mais variadas Paraolimpíadas, sendo a sua última conquista em 2008, nas Paraolimpíadas de Pequim, onde ganhou a medalha de bronze nos 100m.



Terezinha Guilhermino – participou no Parapan do Rio, nas Olímpiadas, ficando num dos primeiros 3 lugares na corrida de 200m e 400 m rasos. Ficou cega devido a retinose pigmentar, juntamente com a irmã, Sirlene Guilhermino, também atleta nas provas de 100m, 800m e salto em distância.






Ludwig van Beethoven - um dos mais famosos compositores de música clássica de sempre. É que conseguiu continuar a compor mesmo depois de ficar muito doente e completamente surdo! Por volta de 1798 percebeu que estava a começar a ouvir um pouco mal. Sem a ajuda de um médico, porque não queria dizer a ninguém que tinha este problema, acabou por ficar completamente surdo alguns anos mais tarde. Em 1820 só conseguia comunicar com visitantes ou amigos escrevendo. Mesmo surdo continuou a compor! Sabias que ficou surdo por volta da sua 2ª Sinfornia e ainda compôs mais sete para além de muitas sonatas, quartetos de cordas, concertos e óperas? Tinha a memória de todas as notas musicais na sua cabeça e escrevia-as.



Em
Sue Thomas: FBEye, a TV mostrou-se inspirado na história verdadeira do primeiro FBI surdo e o seu cão-guia voltou à TV no Animal Planet. Sue Thomas é graduada na Columbia International University.
Thomas é interpretada pela actriz Deanne Bray. O espectáculo gira em torno da capacidade única de Thomas para ler lábios, sendo inexperiente como agente do FBI, mas cheia de espírito e entusiasmo, Thomas e o seu cão, Levi, encontram-se resolvendo vários crimes dando uma preciosa ajuda em locais onde a escutas não podem ajudar.



Sophie Vouzelaud - eleita a primeira vice-campeã no concurso de Miss França de 2007, representando a região de Limousin. Sophie, surda de nascença, é a primeira pessoa com uma deficiência auditiva a participar na final de um concurso para Miss França. Ela comunica usando a linguagem de sinais, mas foi categórico ao falar na Copa. Ela está cursando um bacharelado em Contabilidade.



terça-feira, 1 de junho de 2010

A esperança é a última a morrer! Existem terapias! People não desistam!

Fisioterapia:


Na primeira consulta o fisioterapeuta elabora o prognóstico do paciente onde será escrito o grau desejável, a funcionalidade a ser alcançada e a previsão de tempo necessário.
Depois inicia-se a intervenção, onde o paciente é ajudado em uma ou várias áreas, como:
- a Cinesioterapia (terapia por movimentos);
- a Electroterapia (terapia onde é utilizado aparelhos eléctricos);
- a Crioterapia (terapia onde é utilizado gelo);
- a Massoterapia (terapia onde é utilizado calor através de massagens);
- a Hidroterapia (terapia realizada em água).



Hidroterapia:



Na Hidroterapia, o paciente desloca-se na água utilizando toda a sua capacidade funcional e respeitando as suas limitações. Os movimentos são realizados sem grande esforço, aliviando o stress das articulações que sustentam todo o peso corporal.
Assim, na água, o paciente realiza movimentos que em terra seriam difíceis ou mesmo impossíveis de serem realizados.






A Fisioterapia e, muitas vezes, a Hidroterapia ajudam as pessoas portadoras de deficiência motora.




Reabilitação Auditiva:


O desenvolvimento normal da linguagem depende do funcionamento normal dos processos auditivos para receber, perceber e transmitir sons.
O audiofono ou aparelho auditivo privilegia a amplificação sonora apropriada, contribuindo para a aquisição sonora apropriada, contribuindo para a aquisição da linguagem oral, sendo assim necessário um diagnóstico precoce (para que esta área tenha o menor atraso possível).




A Reabilitação Auditiva ajuda as pessoas portadoras de deficiência auditiva.



Terapia da Fala:


A Terapia da fala estuda a comunicação humana no seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Assim, esta terapia incide sobre a reabilitação da linguagem, articulação, voz, gaguez, e nos actos de mastigar e engolir.
É frequente a utilização de jogos, com objectos, figuras e animais para o paciente identificar verbalmente, e espelhos, para que o paciente consiga captar as correctas posições dos lábios e língua.


A Terapia da Fala ajuda as pessoas com distúrbios na fala.




Hipoterapia:


Terapia onde se utilizam cavalos.
O cavalo influencia o desenvolvimento motor, psíquico, cognitivo e social do paciente, contribuindo para um comportamento mais autónomo, pois melhora a estrutura muscular, a postura, o equilíbrio e a mobilidade.


Cinoterapia:

A cinoterapia é a terapia onde se utilizam cães. Os pacientes tornam-se mais afectivos, inteligentes e menos agressivos.
Os cães mais utilizados são os labradores pois são muito sociais.
No entanto, seja qual for o cão escolhido, tem de ter um treino específico.


A Hidroterapia e Cinoterapia ajudam as pessoas portadoras do Síndrome de Down/Trissomia 21.




Reabilitação psicomotora:

A reabilitação psicomotora promove e estimula o desenvolvimento psicomotor e o potencial de aprendizagem através do gesto, da afectividade e da qualidade de comunicação. Nesta terapia a interiorização de movimento tem um papel central, sendo promovidas actividades dirigidas para o agir e o experimentar.



Musicoterapia:


Terapia que promove e estimula a comunicação, o relacionamento e a aprendizagem, a fim de atender às necessidades físicas, emocionais, sociais e cognitivas ataravés do ritmo e da melodia.
Muitas vezes, a musicoterapia é activa, onde o paciente canta, dança e toca.



A Reabilitação Psicomotora e a Musicoterapia ajudam as pessoas autistas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Entrando no mundo das deficiências . . . (Parte II)

Deficiência Mental

É caracterizada por um funcionamento intelectual inferior à média, com limitações significativas a nível do funcionamento adaptativo em parâmetros como a saúde, segurança, trabalho, relações, etc.




Avaliação da deficiência mental


Faz-se de acordo com três fases:

• Diagnóstico da Deficiência Mental - Deve realizar-se nos ambientes comunitários habituais da criança e relacionar-se com o estudo das possibilidades de promoção do desenvolvimento proporcionadas por esses ambientes.
Segundo a AAMR (Associação Americana do Atraso Mental), deve basear-se em três critérios:

1. Nível de funcionamento intelectual;
2. Nível de competências adaptativas;
3. Idade em que se manifesta.



• Classificação e Descrição - São descritos e classificados os pontos fortes e fracos que a criança apresenta.


• Perfil e Intensidade dos Apoios Necessários - Determinam-se quais os apoios de que a criança necessita. Para identificar o perfil e intensidade dos apoios necessários, é necessário analisar as exigências ambientais e os possíveis sistemas de apoio que possam apoiar as carências existentes.


Os resultados dos testes de inteligência não são suficientes para validar o processo de avaliação da inteligência. Assim, é necessário recorrer a outros meios de avaliação e utilizar o bom senso para determinar se um valor de QI é válido ou não para certo indivíduo.


Competência Adaptativas

É necessária uma distinção perante dez áreas de competências adaptativas, podendo efectuar-se assim, avaliações mais exactas, determinando capacidades e áreas menos favorecidas:
1. Comunicação
2. Cuidado Pessoal
3. Vida Doméstica
4. Competências sociais
5. Utilização dos serviços da comunidade
6. Autodeterminação
7. Saúde e segurança
8. Académicas funcionais
9. Tempo Livre
10. Trabalho

Aspectos Psicológicos e Emocionais

A maioria das pessoas, cujas características encaixam nos critérios de deficiência mental, não têm problemas de saúde mental nem de comportamento, que não sejam próprios da sua idade. No entanto, algumas necessitam de cuidados a nível da saúde mental.
O problema é que a coexistência de deficiência e doença mental num mesmo indivíduo constitui um verdadeiro desafio, tanto para o diagnóstico como para o tratamento.

Aspectos Físicos e de Saúde

Os problemas de saúde das pessoas portadoras de deficiência mental não são verdadeiramente distintos dos que possam ser apresentados a pessoas que não possuam este tipo de deficiência.
As pessoas com deficiência mental têm de ser ajudadas a superar as seguintes dificuldades:

 Dificuldade em reconhecer os sintomas;
 Dificuldade em descrever os sintomas;
 Falta de cooperação no exame médico.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Entrando no mundo das deficiências . . .



Deficiências a nível físico



Dentro deste assunto podemos encontrar variados tipos de deficiências que englobam desde a nível motor, visual, auditivo e mesmo os distúrbios da fala. As causas são muitas e variadas, no entanto as consequências que irão advir destas alterações na pessoa levarão a uma completa mudança na sua própria vida.




Deficiências a nível motor

Deficiência motora consiste numa disfunção física ou motora, a qual poderá ser de carácter congénito ou adquirido.
Igualmente podemos caracterizar a disfunção física como uma paralisia ou paresia, de acordo com o grau de gravidade da deficiência. A paralisia refere-se à perda da capacidade de contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou orgânica num ponto qualquer da via motora, que poderá ir do córtex cerebral até o próprio músculo. Enquanto que a paresia diz respeito a quando o movimento está apenas limitado ou fraco, a mobilidade apresenta-se num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento e amplitude do movimento e denota-se uma resistência muscular localizada.
Desta forma, esta disfunção irá afectar o indivíduo, no que diz respeito à sua mobilidade, coordenação motora ou fala. Este tipo de deficiência pode decorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de má formação.


Tipos de deficiências motoras:
Monoplegia: Paralisia de um só membro.
Hemiplegia: Estão afectadas ambos os membros de um lado.
Paraplegia: Paralisia dos dois membros inferiores.
Tetraplegia: Disfunção nos quatro membros.
Amputação: falta de um membro.



Deficiências a nível visual


Consiste na perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico.
A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) ou uma ausência total da resposta visual (cegueira).


Os estudos desenvolvidos revelam que podemos distinguir 3 tipos de deficiência visual:


CEGOS: detêm somente a percepção da luz ou que não detêm nenhuma visão e precisam aprender através do método de Braille e de meios de comunicação que não estejam relacionados com o uso da visão.
• Portadores de VISÃO PARCIAL: apresentam limitações da visão à distância, mas são capazes de ver objectos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no máximo a meio metro de distância.
• Portadores de VISÃO REDUZIDA: são considerados indivíduos com visão que podem ter o seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de lentes.

As principais causas da cegueira e de outras deficiências visuais relacionam-se em amplas categorias:


• Congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congénita.
• Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes, doenças infecciosas.



Deficiências a nível auditivo


A deficiência auditiva, trivialmente conhecida como surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo.
É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.



Diferença entre surdez e deficiência auditiva


Por vezes, as pessoas confundem surdez com deficiência auditiva, contudo, estas duas noções não devem ser encaradas como sinónimos.
A surdez, sendo de origem congénita, é quando se nasce surdo, ou seja, não se tem a capacidade de ouvir qualquer som. Por consequência, surge uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.
Por sua vez, a deficiência auditiva consiste num défice adquirido, isto é, quando se nasce com uma audição perfeita e, devido a lesões ou doenças, a perdemos. Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a comunicar oralmente, porém, ao adquirir esta deficiência, terá de adoptar outro tipo de comunicação como, por exemplo, a linguagem gestual.
Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir o problema.


Distúrbios da fala

O distúrbio da fala consiste num impedimento ou dificuldade de comunicação através das palavras, isto é do discurso articulado. A fala pode ser subdividida em dois estágios: concepção – formulação – e produção – articulação e fonação. O desenvolvimento da fala nas crianças começa com a associação de sons a pessoas e objectos, sendo que a compreensão normalmente precede a vocalização em alguns meses. A fase do balbucio, em que a criança brinca com os sons da fala, é provavelmente estrutural para o desenvolvimento desta, sendo, posteriormente, a leitura incitada, visto que se encontra intimamente relacionada à fala e envolve a associação de símbolos audiovisuais.
A fala compreende a coordenação de diversos aspectos do funcionamento cerebral, como a nível dos sentidos, e disfunções nestes sectores cerebrais levam a diferentes formas características:

Atraso de Linguagem - Podemos considerar neste caso, crianças que apresentam uma "fala inteligível",i.e., que não pode ser compreendida. Ex: A criança que utiliza mais o gestos do que a fala para se comunicar.

Dislalia - Troca, omissões ou acréscimos de fonemas na fala. Ex: A criança que fala "Tapo" ao invés de "Sapo".

Disfonia - É mais conhecida como rouquidão, podendo acontecer em adultos ou crianças, causada por um problema orgânico(Ex: Nódulo) ou um problema fisiológico(Ex: Abuso vocal).

Deglutição Atípica - Este problema está relacionado a uma alteração da arcada dentária consequente de um possível mau posicionamento de um dos orgãos da fala(Lábios ou Lingua), podendo acontecer casos de origem genética.

Distúrbios de Leitura e Escrita - São os erros gramaticais ou fonéticos na escrita e dificuldades na leitura. Ex: A criança que escreve "Cato" ao invés de "Gato". A criança que ao ler pula palavras ou linhas. Não podemos esquecer da Discalculia, que é uma dificuldade matemática. Ex: Inversões de números ou dificuldade na interpretação de problemas.

Disfemia - É a famosa Gagueira.

Deficiência Auditiva - É uma diminuicão da audição, que afecta a comunicação oral dependendo do seu grau e tipo.

Doenças Neurológicas - São lesões que afectam o Sistema Nervoso Central(Congênitas ou Adquiridas), causando alterações na fala, voz ou linguagem. Ex: Paralisia Cerebral, Deficiência Mental, Autismo e Síndrome de Down.

Fissura Lábio-Palatal - Deformidade orgânica, que tem como causa principal a hereditariedade e que acomete os orgãos da fala, acarretando uma nasalidade acentuada e uma grande alteração na arcada dentária.

Problemas de Dicção - Alterações na articulação das palavras. Ex: Indivíduos que falam muito rápido, prejudicando a fala.

Afasia - Transtorno de fala e linguagem que surge em indivíduos que sofreram acidentes vasculares.

Reabilitação de Laringectomizados - Tratamento de indivíduos que sofreram uma Laringectomia, retirada cirúrgica da laringe, e que perderam a capacidade de falar.

Na infância, os distúrbios da fala podem apresentar diferentes causas. Muitas vezes, a criança não é estimulada ou não tem modelos correctos de comunicação ou, em outros casos, pode ocorrer alteração nos órgãos periféricos (ouvidos, estrutura fono-articulatória), no sistema nervoso central, ou deficiências anatómicas, como a fissura labial. Há ainda a probabilidade do distúrbio ter origem emocional.

"Deficiente" não!!


A expressão “pessoa com deficiência” pode ser atribuída a pessoas portadoras de qualquer tipo(s) de deficiência. Porém, em termos legais, esta mesma expressão é aplicada de um modo mais restrito e refere-se a pessoas que se encontram sob o amparo de determinada legislação.
É designado “deficiente” todo aquele que tem um ou mais problemas de funcionamento ou falta de parte anatómica, embargando com isto dificuldades a vários níveis: de locomoção, percepção, pensamento ou relação social.
Até bem recentemente, o termo “deficiente” era vulgarmente aplicado a pessoas portadoras de deficiência(s), todavia, esta expressão acarreta consigo uma forte carga negativa depreciativa da pessoa, pelo que foi, ao longo dos anos, cada vez mais rejeitada pelos especialistas da área e, em especial, pelos próprios portadores. Actualmente, a palavra é considerada como inadequada e estimuladora do preconceito a respeito do valor integral da pessoa. Deste modo, a substituir o termo “deficiente” surge a expressão: “pessoa especial”.

terça-feira, 9 de março de 2010

Apresentação

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Com este projecto, que promete vir a relevar-se bastante interessante, pretendemos transmitir, com base nos nossos conhecimentos, uma nova perspectiva de vida mais dificultada, mas que com força de vontade leva a alcançar novos horizontes que à primeira vista pareciam inatingíveis para pessoas com deficiências.